Divisão do IPE: primeiro passo para privatização?

Divisão do IPE: primeiro passo para privatização?

A Fessergs entende que com a divisão do IPE em dois, em ano eleitoral, o Governo Sartori, com apoio da Assembleia, deu início ao processo de privatização da saúde dos servidores estaduais. Apesar de terem sido acolhidas emendas dos servidores, graças a pressão exercida pelas categorias presentes em todas as votações, e da oposição, o que garantiu que os servidores não tenham que pagar 40% nos procedimentos e internações hospitalares, como previsto na proposta original do governo, além da garantia de manutenção da gratuidade nos procedimentos. Segundo o presidente Sérgio Arnoud, a separação do IPE, dá o pontapé inicial para acabar com a paridade entre governo e segurados na administração do IPE, ao admitir o acesso da OAB e seus associados e também de outras categorias de profissionais liberais, terminando com o caráter público, possibilitando o controle da ANS - Agência Nacional de Saúde, sobre o plano. Isto significa o fim do regime público e solidário, com a cobrança dos dependentes. Há também a questão dos prédios do Fundo de Assistência à Saúde, que pertence ao IPE e que serão repassados ao Estado, como bem levantou o deputado Pedro Ruas. Todas essas questões poderiam ser melhor discutidas. Por tudo isso o dirigente alerta  que os servidores, dependentes e demais segurados devem decorar o nome dos governistas e deputados que apunhalaram o IPE.
 

Fonte: FESSERGSFoto: Guerreiro, AL/RS